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Aumento persistente no custo da construção é principal marca de 2021, diz CBIC

Fonte: Agência CBIC

A Indústria da Construção vem registrando aumentos persistentes no custo do setor. Segundo estudo elaborado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), de janeiro a novembro deste ano, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 13,46%. O indicador está em seu maior patamar desde 2003. Os índices foram apresentados no estudo Construção Civil: desempenho 2021 e cenário para 2022, realizado pela entidade, em parceria com a Ecconit Consultoria, e apresentado durante evento online nesta segunda-feira (13).

Desde o início do segundo semestre de 2020 os materiais de construção vêm registrando forte aceleração. O INCC Materiais e Equipamentos registrou aumento de 42,25% de julho de 2020 a novembro deste ano. Neste período, os insumos que apresentaram as maiores elevações foram:  vergalhões e arames de aço ao carbono (+92,44%), condutores elétricos (+72,10%), tubos e conexões de PVC (+69,09%), eletroduto de PVC (+53,94%), esquadrias de alumínio (+44,40%), compensados (+43,32%), produtos de fibrocimento (+39,53%) e tijolos e telhas cerâmicas (+38,75%). “O grande vilão que tivemos foi o aumento de custos. Esse crescimento fora do propósito de insumos gera um descasamento da renda da população com o preço dos imóveis, o que é preocupante”, destacou o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Contudo, apesar da elevação constante nos insumos, a construção deve crescer, em 2021, 7,6%, o que corresponde ao melhor desempenho apresentado nos últimos dez anos. Martins lembrou que apesar do resultado positivo, o setor ainda está 27,44% inferior ao seu pico de atividades, alcançado no início de 2014. “Podemos dizer que 2021 foi o ano do mercado imobiliário como reflexo do que aconteceu em 2020. A venda de hoje é o emprego de amanhã. O crescimento foi sustentado pelo que já estava contratado e não será possível manter o atual nível de desempenho do setor se não forem tomadas medidas urgentes para repor a capacidade de compra das famílias de baixa renda”, afirmou.

Mercado imobiliário

Em 2021, o mercado imobiliário registrou incremento nos lançamentos e vendas. O número de unidades lançadas neste ano está 24,59% maior que em 2019. Já a venda de imóveis novos cresceu 42,29% nesta mesma base de comparação. Somente a oferta teve queda no período: -3,39%. “Apesar do resultado de incremento no lançamento, o resultado para estoque caiu, o que significa que esgotaríamos o estoque em 9 meses e meio. Por isso é extremamente necessário a ampliação de novos lançamentos”, afirmou Martins.

O ponto de preocupação, de acordo com o presidente da CBIC, está no preço dos imóveis, que deve sofrer reajuste nos próximos meses. Segundo Martins, o preço não acompanhou o aumento do INCC, ou seja, a elevação do custo da construção ainda não foi repassada ao consumidor. “A curva de materiais e equipamentos segue em crescente e não manifesta nenhuma tendência de queda, o que é preocupante. Aguarda-se aumento nos preços dos imóveis nos próximos meses em função dessa enorme e persistente alta nos insumos”, explicou.

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