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Construção com madeira: processo construtivo mais rápido, limpo e sustentável

Com Informações da CBIC

A integração da madeira no setor da construção já é uma realidade no Brasil, embora ainda não seja um método construtivo amplamente difundido. Este tema foi debatido durante a arena de conteúdo da Expo Revestir 2024, em São Paulo, durante o painel “CBIC Talks – Cases de Construções com Madeira”.

O debate ressaltou a importância da transformação que o setor precisa enfrentar para encarar as mudanças que o mundo pede. O presidente do Conselho Consultivo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, destacou: “Nós sabemos o quanto a construção é fundamental para a vida das pessoas. Agora, é necessário demonstrarmos como podemos inovar para mitigar os impactos ambientais e responder às mudanças que o mundo tem enfrentado e que podem afetar as futuras gerações”.

A necessidade de descarbonização, não apenas no setor da construção, tem ampliado o debate sobre sistemas construtivos alternativos à construção tradicional. Um dos fundamentos desse processo é unir alta produtividade, baixo custo de produção e capacidade de entrega ao cliente, oferecendo produtos duráveis ao longo da vida útil da construção, com um rigoroso controle de qualidade; as peças já saem usinadas da indústria.

“A construção tradicional precisa prestar atenção a esse movimento, a essa indústria já existente, e validar o uso da madeira engenheirada como elemento estrutural, disseminando ideias e quebrando paradigmas”, ressaltou o Gerente de Qualidade e Processos da Urbem, Felipe Icimoto.

A construção com madeira vai além da busca por processos mais sustentáveis, a técnica inclui um processo mais otimizado, eficiente e com a redução de resíduos no canteiro de obra, promovendo obras mais rápidas e mais limpas, contou a Head de Arquitetura na Noah, Vanessa Ribeiro Teixeira. “A tecnologia está crescendo, nós já executamos construções dessa forma. E para que isso aconteça, é essencial que os projetistas trabalhem dentro da metodologia BIM”, destacou.

Como o material chega pronto para a montagem no canteiro de obra, é possível gerar um ganho de até 40% no prazo de construção, apontou o CEO da Rewood, Calil Neto.

“É viável proporcionar maior conforto e funcionalidade ao unir criatividade em ambientes integrados que otimizam espaços com soluções práticas. Com o sistema construtivo em wood frame e a industrialização, podemos reduzir o tempo de construção e realizar os projetos de acordo com os sonhos das pessoas”, completou a analista sênior da Immergrün Construções Inteligentes, Vitória Mota Canil.

De acordo com Calil Neto, ainda existem grandes mitos sobre a construção com madeira. “A madeira tem um grande potencial, não somente pelo seu uso de reflorestamento, mas o processo abre um grande mercado para a construção civil em termos de rapidez, otimização, tempo e também o modelo BIM, onde você tem uma melhor precisão do material, mas também ele descarboniza, que é um grande diferencial. Hoje já podemos fazer prédios de múltiplos pavimentos, com até 30 andares”, explicou.

A resistência cultural ainda é considerado o principal entrave para o uso da madeira no setor da construção. No entanto, para que o setor se torne mais industrializado, reduzindo o tempo das obras e melhorando a utilização dos recursos disponíveis, é crucial considerar o uso da madeira engenheirada, apontou o coordenador de Contratos e Planejamento da Tecverde Engenharia SA, Leonardo Marin.

Marin destacou durante o painel o case da cidade de São Sebastião, município do litoral norte do estado de São Paulo, após fortes chuvas que desabrigaram cerca de 700 famílias em 2023. “Ainda há uma trava cultural a vencer, mas com a ação realizada no contexto de São Sebastião, a construção com madeira foi conhecida de perto pelo governo”, disse.

Ele também destacou que o processo construtivo com madeira deve ser considerado e melhor viabilizado como uma solução para reduzir o déficit habitacional no país. “A construção em madeira em wood frame é industrializada e isso traz agilidade, superando os outros métodos construtivos. Nós temos a capacidade produtiva de montar 120 casas em um turno, por mês. Precisamos que outras empresas comecem a adotar esse método para termos preços mais competitivos no mercado e avançar”, ressaltou Marin.

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